Vivemos numa sociedade a cada dia mais competitiva Cada vez mais lutamos por um espaço cada vez menor. As nossas necessidades básicas, como habitação, alimento, saúde, educação e emprego, já não conseguimos conquistá-las com tanta facilidade. E nessa vida de angústia, ansiedade, insegurança e rotinas, muitas vezes procuram-se os agentes químicos como saída: o álcool, para relaxar após um dia tenso; o cigarro, para livrar da ansiedade; um remédio, para dormir, porque não se consegue "pegar no sono"; um outro para emagrecer, porque não faz uma dieta saudável; a maconha, porque todos os amigos usam e, se não usar, fica-se sem companhia ou excluído do grupo; a cocaína, porque só maconha já não satisfaz.Só que as pessoas, muitas vezes, não entendem que essa saída é o mesmo que se atirar em alto-mar sem saber nadar, porque o navio está pegando fogo. Vai morrer de qualquer jeito. O que precisamos entender é que as pessoas que se drogam são usadas pelo interesse dos grandes empresários, políticos e traficantes. Servimos de objeto para enriquecê-los. E essa busca de felicidade é falsa, transitória, ilusória, destruidora. É um caminho sem volta.
Perseguimos a teoria do "prazer imediato". Não temos tolerância e nem paciência para encararmos uma frustração. Se estivermos sofrendo, temos que arrumar uma saída rápida para eliminar essa dor. Não damos tempo ao tempo. O sofrimento leva ao crescimento e ao desenvolvimento pessoal. Descobrimos alternativas novas de vida quando nos frustramos Os grandes inventos surgiram das necessidades frustradas Mas ao contrário de enfrentarmos o sofrimento que faz parte da vida de qualquer ser humano, simplesmente nos drogamos para ficarmos iludidamente livres do problema. E nessa busca de prazer artificial, não percebemos que, no final do caminho, encontramos a destruição.
As drogas não mudam o mundo que, para nós, pode parecer ruim. Elas mudam momentaneamente o modo como o vemos. Porque ele continua intacto. Assim, vamos nos destruindo. Além do mais, elas não nos avisam quando nos tornamos dependentes. À medida que nos afundamos, nosso psiquismo nos apresenta os mecanismos de defesa pelo quais vamos nos enganando e fingindo que não percebemos que somos dependentes.
Há pessoas que dizem assim: "Eu bebo só nos finais de semana"; "Se eu quiser ficar sem fumar, eu fico"; "Eu nunca faltei aos meus compromissos por fazer uso de droga...". Só que talvez elas não percebem que todas as vezes que bebem ficam embriagadas. Há os que dirigem arriscando a própria vida e a dos outros, porque não se deram conta do seu estado. Ou que não participam mais de sua antiga turma, porque os "caras" não fumam maconha e nem cheiram pó. Há os que mudam seus princípios e comportamentos, como, por exemplo, começam a mentir ou a roubar, porque precisam de dinheiro para a droga. Eles não percebem que estão deixando de participar de uma festa ou um churrasco em família, que antes gostavam, para não perder a oportunidade de ficarem sozinhos em casa para uma fumada ou uma cheiradinha. Há os que tomam remédio e não podem beber, assim não vão à festa, porque não conseguem participar sem beber.
O que o jovem ou experimentador talvez não saiba é que a droga é traiçoeira e lhe dá uma sensação de prazer momentânea. E sua tolerância vai sendo cada vez maior, porque organismo exige um consumo maior para se satisfazer. Até chegar à overdose, pois a droga ingerida já não satisfaz.
Autora: Deise Alves Rodrigues Rosa - psicóloga clínica
Perseguimos a teoria do "prazer imediato". Não temos tolerância e nem paciência para encararmos uma frustração. Se estivermos sofrendo, temos que arrumar uma saída rápida para eliminar essa dor. Não damos tempo ao tempo. O sofrimento leva ao crescimento e ao desenvolvimento pessoal. Descobrimos alternativas novas de vida quando nos frustramos Os grandes inventos surgiram das necessidades frustradas Mas ao contrário de enfrentarmos o sofrimento que faz parte da vida de qualquer ser humano, simplesmente nos drogamos para ficarmos iludidamente livres do problema. E nessa busca de prazer artificial, não percebemos que, no final do caminho, encontramos a destruição.
As drogas não mudam o mundo que, para nós, pode parecer ruim. Elas mudam momentaneamente o modo como o vemos. Porque ele continua intacto. Assim, vamos nos destruindo. Além do mais, elas não nos avisam quando nos tornamos dependentes. À medida que nos afundamos, nosso psiquismo nos apresenta os mecanismos de defesa pelo quais vamos nos enganando e fingindo que não percebemos que somos dependentes.
Há pessoas que dizem assim: "Eu bebo só nos finais de semana"; "Se eu quiser ficar sem fumar, eu fico"; "Eu nunca faltei aos meus compromissos por fazer uso de droga...". Só que talvez elas não percebem que todas as vezes que bebem ficam embriagadas. Há os que dirigem arriscando a própria vida e a dos outros, porque não se deram conta do seu estado. Ou que não participam mais de sua antiga turma, porque os "caras" não fumam maconha e nem cheiram pó. Há os que mudam seus princípios e comportamentos, como, por exemplo, começam a mentir ou a roubar, porque precisam de dinheiro para a droga. Eles não percebem que estão deixando de participar de uma festa ou um churrasco em família, que antes gostavam, para não perder a oportunidade de ficarem sozinhos em casa para uma fumada ou uma cheiradinha. Há os que tomam remédio e não podem beber, assim não vão à festa, porque não conseguem participar sem beber.
O que o jovem ou experimentador talvez não saiba é que a droga é traiçoeira e lhe dá uma sensação de prazer momentânea. E sua tolerância vai sendo cada vez maior, porque organismo exige um consumo maior para se satisfazer. Até chegar à overdose, pois a droga ingerida já não satisfaz.
Autora: Deise Alves Rodrigues Rosa - psicóloga clínica